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Vacinas do recém-nascido prematuro: saiba quais são

Manter a vacinação em dia é fundamental para a saúde do bebê. Mas saiba as particularidades que envolvem a imunização de bebês prematuros.
EMB
Equipe Maternidade Brasília - Equipe Maternidade Brasília Atualizado em 14/04/2021

Normalmente, mamães e papais de bebês prematuros – os nascidos antes de 37 semanas de gestação – têm dúvida sobre a vacinação de seus filhos. Em grande parte dos casos, independentemente do peso com o qual nasceram, eles devem manter a mesma ordem cronológica de vacinação que os bebês recém-nascidos a termo, e a prematuridade, o tamanho e o peso não interferem na decisão sobre a vacinação de um bebê que está clinicamente bem. “Há apenas uma exceção: a vacina contra a hepatite B, que deve ser orientada especificamente pelo médico que acompanha o bebê”, ressalta a Dra. Ana Amélia Meneses Fialho, neonatologista e coordenadora da UTI Neonatal da Maternidade Brasília.

Antes de falarmos da vacinação do bebê, é importante lembrar também da importância das vacinas durante a gestação. E o bebê, ainda na maternidade, recebe sua caderneta de vacinação, que o acompanhará por muitos meses. Esse documento é muito importante para organizar todas as vacinas que deverão ser tomadas pela criança. Normalmente elas têm mais de uma dose a serem aplicadas, por isso o profissional de saúde precisa também ter ciência de quais foram ministradas, o que se dá por meio da caderneta atualizada.  

Logo no primeiro mês, o recém-nascido é vacinado contra a tuberculose – a vacina BCG – e a hepatite B. São três doses da vacina contra a hepatite B, que devem ser recebidas entre 2 e 6 meses de vida.  

Levar os bebês para vacinar, além de ser obrigatório, é um ato de cuidado em relação à criança. Isso porque a imunização é fundamental para que o organismo em crescimento crie anticorpos contra diversas doenças. Pois quando nascem, os pequeninos ainda têm um sistema imunológico imaturo.  

Por isso, além de manter os cuidados com a alimentação, garantir a prática de hábitos saudáveis e manter em dia os exames importantes para recém-nascidos, é fundamental assegurar que as crianças sejam vacinadas contra certas doenças para manter o sistema imunológico fortalecido. A seguir, conheça as vacinas aplicadas em cada fase da vida.

Quando seu bebê deve tomar cada vacina?

O calendário de vacinação definido pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) já indica quando o seu bebê precisa receber cada um dos imunizantes, mas aproveitamos para lembrar aqui o período em que cada um deles deve ser administrado.

Vacina de 2 meses  

Tríplice bacteriana (DTP ou DTPA) – 1ª dose 

Hemófilos tipo B – 1ª dose 

Poliomielite (VIP – vírus inativados) – 1ª dose 

Rotavírus – 1ª dose 

Pneumocócica conjugada – 1ª dose

Vacina de 3 meses  

Meningocócica conjugada

Vacina de 9 meses 

Febre amarela – primeira dose

Vacina de 1 ano de vida 

Hepatite A 

Tríplice viral 

Varicela (catapora) 

Meningocócica C conjugada 

Pneumocócica conjugada

Tabela de vacinação infantil

Confira aqui o Calendário de Vacinação do Prematuro e demais recomendações da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) – 2020/2021.

Dúvidas sobre vacinação no período da pandemia

Uma dúvida recorrente é sobre a continuidade do período de vacinação durante a pandemia. De acordo com a Dra. Ana Amélia, a orientação da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) é que “levando em conta este difícil momento que enfrentamos, devemos colaborar com as estratégias públicas e privadas no enfrentamento desta questão”. 

Considerações

  1. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Brasil é um programa de muito sucesso e adquiriu, ao longo dos anos, credibilidade e confiança da população que não permitem retrocessos.

  2. O cenário epidemiológico do sarampo e da febre amarela no país, ambas doenças imunopreveníveis, requer constante investimento em ações de imunização.

  3. O controle da coqueluche e da febre amarela e a eliminação do sarampo e da rubéola são dependentes de elevadas coberturas vacinais.

  4. O distanciamento social proposto pelo Ministério da Saúde, neste momento, é ferramenta crucial para se obter a redução no número de infectados pelo novo coronavírus durante as próximas semanas.

  5. As crianças imunocompetentes, em geral, têm sido poupadas das formas graves da doença.

A SBP e a SBIm sugerem que:

A oferta das vacinas deve ser mantida de maneira regular e sustentada pelo PNI.

A população deve ser encorajada a manter o calendário vacinal atualizado, procurando visitar a unidade de saúde mais perto de suas residências e em horários menos concorridos.

As estratégias de distanciamento devem ser desenvolvidas de acordo com a realidade de cada local.

A vacinação em ambientes como escolas, clubes e igrejas, neste momento áreas ociosas, deve ser estimulada.

Horários diferenciados para a vacinação de crianças e adolescentes devem ser criados.

Sempre que possível, a vacinação domiciliar é uma opção a ser considerada.

O calendário deve ser otimizado, com a aplicação do maior número de vacinas possível na mesma visita, desde que se respeite o intervalo mínimo entre as doses, com o objetivo de reduzir o número de visitas às unidades de saúde.

Clínicas privadas de imunização devem organizar seus serviços a fim de manter o distanciamento social exigido neste momento.

Não há evidências sobre a interação da Covid-19 com a resposta imune às vacinas. Para reduzir a disseminação da doença, qualquer pessoa com sintomas respiratórios ou febre deverá ser orientada a não comparecer aos centros de vacinação.

Casos suspeitos ou confirmados de Covid-19 poderão ser vacinados depois da resolução dos sintomas e passado o período de 14 dias de isolamento.

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