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Gestação

3 minutos de leitura

Inseminação artificial: veja quando é indicada e como é feita

A inseminação artificial é uma técnica de reprodução assistida que auxilia pessoas com infertilidade a engravidar.
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Dra. Natália Valadares - Coordenadora da reprodução humana Atualizado em 20/05/2024

A inseminação artificial é uma técnica de reprodução assistida que ajuda aqueles que não conseguem conceber um filho naturalmente. Continue a leitura para saber mais sobre o procedimento, as fases do processo, quando é indicado e as taxas de sucesso.  

Inseminação artificial: o que é?

Conhecida também como inseminação intrauterina, a inseminação artificial é uma técnica de reprodução assistida que auxilia pessoas com infertilidade a engravidar.  

Para isso, os espermatozoides são coletados e introduzidos no útero da mulher no período fértil, aumentando as chances de fertilização. 

É considerado um tratamento de baixa complexidade e não necessita de procedimentos invasivos.  

Para quem a inseminação artificial é indicada?

É indicada para casais ou indivíduos que têm dificuldade em conceber naturalmente. Entre as principais indicações de inseminação artificial, estão:

  • Problemas de ovulação nas mulheres.  

  • Baixa contagem de espermatozoides. 

  • Síndrome do ovário policístico. 

  • Casais homoafetivos. 

  • Mulheres que optam pela maternidade solo.  

  • Endometriose leve.  

  • Problemas cervicais.  

  • Infertilidade sem causa aparente.  

Quando a inseminação artificial não é indicada?

Em alguns casos, a inseminação artificial não é considerada a melhor opção para auxiliar na gestação. Entre eles, podemos citar:

  • Problemas nas tubas uterinas, como obstrução. Isso impede que os espermatozoides cheguem até o útero. 

  • Infecções uterinas e vaginais.  

  • Anomalias uterinas graves.  

  • Endometriose grave.  

  • Distúrbios hormonais severos.  

  • Baixíssima contagem de espermatozoides.  

  • Mobilidade reduzida ou alteração da forma dos espermatozoides.  

  • Idade avançada da mulher. 

Etapas da inseminação artificial

A inseminação artificial é realizada em quatro etapas:

  • A mulher começa a utilizar hormônios para estimular a ovulação. Durante esse período, exames de ultrassom são realizados para monitorar o crescimento dos folículos, que são os locais dentro dos ovários onde os óvulos se desenvolvem. 

  • Os espermatozoides são coletados.  

  • Os melhores espermatozoides são selecionados para o procedimento. 

  • Os espermatozoides são inseridos no útero por meio de um cateter fino no momento da ovulação.  

Nesse instante, espera-se que eles se desloquem em direção ao óvulo capturado pela tuba uterina. O restante do processo segue de forma natural. 

Quanto tempo pode durar o processo?

O tempo para concluir o processo de inseminação artificial varia de acordo com diversos fatores, como: a resposta do corpo à estimulação hormonal até o momento ideal para a ovulação, a programação para a coleta e preparação dos espermatozoides.  

De forma geral, do uso dos hormônios até a inseminação, são cerca de duas a três semanas. O exame de gravidez é realizado após duas semanas do procedimento.  

Vale lembrar que, algumas vezes, é preciso realizar múltiplos ciclos de tratamento para alcançar uma gravidez.  

Além disso, durante a preparação para a gravidez, o casal (ou pessoas envolvidas no tratamento) realiza diversas consultas, precisa fazer exames de acompanhamento e outros testes, o que pode prolongar o processo completo da inseminação artificial.  

Taxa de sucesso de uma inseminação artificial

As taxas de sucesso da inseminação artificial variam por ciclo de tratamento. Em média, a taxa de sucesso por ciclo varia de 10% a 15%, dependendo de alguns fatores, como: causa da infertilidade, a idade da mulher, a qualidade do espermatozoide e o protocolo de tratamento utilizado.  

Existe algum limite para a quantidade de inseminações artificiais?

Não há um limite para a quantidade de inseminações artificiais que podem ser tentadas. Porém, geralmente, os médicos recomendam considerar até três ciclos. 

Esse limite costuma se basear em fatores como a idade da mulher, a causa da infertilidade e a resposta ao tratamento. 

Vale destacar que, se a inseminação não alcançar a gravidez após os primeiros ciclos, outras técnicas de reprodução assistida, como a fertilização in vitro, podem ser indicadas.

Escrito por
NV

Dra. Natália Valadares

Coordenadora da reprodução humana
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NV

Dra. Natália Valadares

Coordenadora da reprodução humana