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Gravidez tardia: conheça os riscos, como engravidar e tratamentos que podem auxiliar no processo

Entenda como se preparar para uma gravidez após os 35 anos
EMB
Equipe Maternidade Brasília - Equipe Maternidade Brasília Atualizado em 23/02/2022

Hoje, não é de se admirar que mulheres engravidem depois dos 35 anos de idade. Nesta faixa etária, os médicos costumam chamar a gravidez de “gravidez tardia", situação cada vez mais comum no nosso dia a dia. Isso é resultado de mudanças sociais importantes como, por exemplo, aumento da expectativa de vida, presença ainda maior das mulheres no mercado de trabalho, métodos contraceptivos cada vez mais eficazes, maior planejamento e espera por estabilidade financeira. Esses são alguns fatores que fazem com que a decisão de ter filhos seja postergada.

Mas em relação ao corpo da mulher, até que ponto pode ou não ser arriscado engravidar mais tarde? Que cuidados tomar para que a gestação corra da melhor forma possível?

O Dr. Marcus Vinícius Barbosa, ginecologista e obstetra da Maternidade Brasília, explica mais sobre o assunto.

Gravidez tardia: o que é

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Antes de tudo, vamos entender afinal o que é a chamada gravidez tardia. A definição para esse termo é a gestação que acontece depois dos 35 anos de idade, fenômeno que tem crescido bastante nas últimas décadas. Os motivos para esse acontecimento são diversos, entre os quais está o fato de as mulheres sentirem-se mais maduras para a maternidade a partir dessa idade, com melhores condições emocionais e financeiras.

Nesse contexto em que se espera ter uma melhor estabilidade em diversos sentidos, as técnicas de reprodução assistida têm ampliando as chances das mulheres engravidarem mais tarde. No entanto, não se pode deixar de pensar nos riscos para essa gestação. Vamos entender melhor sobre isso.

Quais os riscos da gravidez tardia

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A gravidez tardia representa sim alguns riscos, por esse motivo, é imprescindível evidenciá-los para as mulheres que optam por adiar a gestação. “Doenças como hipertensão e diabetes, trabalho de parto prematuro, abortamentos do primeiro trimestre, além de uma maior ocorrência de alterações cromossômicas e maior probabilidade de complicações na hora do parto e após o parto estão entre as principais situações dentro de uma gravidez tardia", alerta o médico.

No entanto, apesar de ser um assunto que mereça total atenção para a decisão, uma boa notícia é que os recursos da medicina estão cada vez melhores e, assim, a assistência médica integrada pode garantir todo o suporte e informação adequada para essa gestação.

Normalmente, o acompanhamento será o mesmo que acontece com qualquer gestação. Por isso é tão importante um pré-natal bem feito, para avaliar e diminuir riscos da gravidez tardia.

Gravidez tardia natural

Apesar de não existir uma idade padrão para engravidar, pois há uma variação de acordo com a região, no Brasil, por exemplo, a fase biológica mais adequada para a gestação varia entre os 19 e 30 anos. Depois disso há uma queda na fertilidade da mulher, devido à diminuição dos óvulos e da qualidade deles. Por isso, há também uma diminuição das chances de ocorrer uma gravidez tardia natural.

Para se preparar melhor para a gestação, o Dr.Marcus Vinicius explica que o ideal é que a mulher faça suplementação de ácido fólico três meses antes da gravidez para minimizar os risco de doenças neurológicas, além de exames pré-concepção para avaliar o risco.

Quais os tratamentos para gravidez?

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Entre os principais tratamentos para engravidar está uma das formas mais conhecidas, a inseminação artificial. Neste procedimento, a mulher recebe medicamentos que estimulam a produção de óvulos. Em seguida, pode-se fazer a inseminação intracervical (o espermatozoide é injetado na região do cérvix) e fertilização in vitro (FIV). Neste caso, a fecundação acontece no laboratório e o embrião é transferido por um cateter.

Outra possibilidade de tratamento é a ovodoação. Consiste na doação de óvulos de uma mulher para outra, que é realizada de forma anônima. Esses óvulos são preparados e recolhidos para serem fecundados com o sêmen do parceiro da receptora por meio da FIV.

O coito programado é uma das formas mais simples de tratamento para fertilização. Nesta modalidade são aplicados medicamentos em injeções ou via oral para estimular a produção de óvulos. Após o início do tratamento, o casal é orientado sobre o melhor momento para tentar a gravidez.

Gravidez tardia está associada a anomalias?

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De acordo com o Dr. Marcus Vinícius, a idade materna avançada está associada a uma maior porcentagem de alterações cromossômicas, que podem ocasionar anomalias genéticas, dentre elas a Síndrome de Down. Mas ele completa que o risco, por si só, não  significa diagnóstico de doença, porém uma gravidez tardia merece uma atenção personalizada com foco na prevenção e tratamento precoce das complicações.

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