As mudanças hormonais desempenham um papel significativo nesse desconforto.
O enjoo na gravidez é um sintoma bastante frequente e geralmente representa um desconforto temporário. Estima-se que até 80% das mulheres grávidas experimentem algum nível de enjoo durante a gestação. Continue a leitura para descobrir quando esse sintoma pode ser um sinal de preocupação e quais fatores aumentam o risco de enjoo em gestantes.
Enjoo na gravidez: por que acontece?
O enjoo na gravidez, principalmente no primeiro trimestre, é bastante comum. Embora a causa exata ainda não seja completamente compreendida, sabe-se que as mudanças hormonais desempenham um papel significativo nesse desconforto.
O aumento da gonadotrofina coriônica humana (hCG) e da progesterona está associado a essa sensação de náusea, uma vez que esses hormônios são produzidos em maior quantidade durante as primeiras semanas de gestação.
Essas mudanças hormonais são fundamentais para o desenvolvimento do embrião e para a manutenção da gravidez. No entanto, impactam o sistema digestivo e pode levar a desconfortos, como enjoos e vômitos.
Além disso, fatores como estresse, fadiga e alguns odores podem agravar essas náuseas. Felizmente, a maioria das mulheres sente alívio dos sintomas conforme a gravidez avança.
Enjoo na gravidez é normal?
Sim, o enjoo na gravidez é normal e é uma parte comum da experiência gestacional para muitas mulheres.
Além dos enjoos, a azia também é um sintoma frequente que pode ocorrer devido às mudanças hormonais e ao aumento da pressão no estômago.
Embora a intensidade e a duração variem de mulher para mulher, a maioria experimenta algum nível de desconforto, que tende a diminuir após o primeiro trimestre.
Apesar de ser uma experiência comum, é importante que as gestantes estejam atentas à gravidade dos sintomas. Enquanto alguns enjoos são leves, outros podem ser mais intensos e devem ser avaliados por um médico.
Geralmente, quando os enjoos na gravidez começam?
Os enjoos na gravidez geralmente começam entre a 6ª e a 8ª semana de gestação. Esse período coincide com um aumento significativo dos hormônios no organismo.
Embora muitas mulheres experimentem essa condição, a intensidade e a duração dos enjoos podem variar. Enquanto algumas sentem náuseas leves, outras podem enfrentar episódios mais intensos, que podem interferir nas atividades diárias.
Para a maioria das mulheres, os enjoos tendem a diminuir após o primeiro trimestre, geralmente em torno da 12ª a 14ª semana. No entanto, algumas podem continuar a sentir náuseas durante toda a gravidez.
Enjoo na gravidez: formas de aliviar
Há diversas formas de aliviar o enjoo na gravidez, tornando a experiência mais confortável para as futuras mamães. Veja abaixo algumas dicas úteis:
-
Alimentação fracionada: consumir pequenas porções de alimentos ao longo do dia, em vez de refeições grandes. Isso minimiza os enjoos. Prefira opções leves, como biscoitos, torradas ou frutas.
-
Manter-se hidratada: é fundamental ingerir líquidos em pequenas quantidades e com frequência. Bebidas como sucos naturais, chás e água de coco ajudam a garantir a hidratação.
-
Descanso adequado: o cansaço pode intensificar os enjoos, por isso é importante descansar bastante, sempre que possível.
-
Evitar cheiros desagradáveis: odores fortes podem provocar enjoos e náuseas.
Quando o enjoo na gravidez pode ser um sinal de alerta?
O enjoo na gravidez, embora comum, pode se tornar um sinal de alerta em algumas situações. Se as náuseas forem intensas e acompanhadas de vômitos frequentes, isso pode indicar hiperêmese gravídica, uma condição que pode levar à desidratação e à perda de peso.
É fundamental procurar assistência médica se os vômitos forem tão severos que dificultem a ingestão de alimentos e líquidos, principalmente se notar sinais de desidratação, como boca seca, tonturas ou diminuição da frequência urinária.
Além disso, se o enjoo vier acompanhado de dor abdominal intensa, febre ou outros sintomas preocupantes, é necessário buscar orientação médica imediatamente.
Fatores que aumentam o risco de enjoos na gravidez
Entre os fatores de risco que aumentam os enjoos na gravidez estão:
-
Histórico familiar: mulheres com familiares que sofrem de enjoos durante a gravidez têm maior probabilidade de ter o desconforto.
-
Gravidez gemelar: gestantes de gêmeos ou mais bebês apresentam níveis hormonais mais altos, o que pode intensificar as náuseas.
-
Idade da gestante: mulheres mais jovens, principalmente abaixo de 20 anos, estão em maior risco de sentir enjoo.
-
Histórico de enjoos: aquelas que já tiveram enjoos em gestações anteriores têm maior chance de experienciar novamente.
-
Estresse e ansiedade: níveis elevados de estresse emocional podem agravar os enjoos.
Dicas de alimentos que ajudam a reduzir o enjoo
Alguns alimentos são considerados eficazes na redução dos enjoos durante a gravidez. O gengibre é um dos mais conhecidos, por conta de suas propriedades antieméticas (seus compostos ajudam a tratar e prevenir náuseas e enjoos). Pode ser consumido em forma de chá, balas ou até mesmo utilizado no preparo das refeições.
Outro alimento que costuma ser benéfico é o limão. Pela sua acidez e aroma refrescante, ele pode ajudar a acalmar o estômago. Ingerir pequenas quantidades de biscoitos salgados ou torradas logo ao acordar também pode ser uma estratégia eficaz, pois absorvem o excesso de ácido estomacal.
Além disso, frutas como a banana são recomendadas, pois são leves e fáceis de digerir, oferecendo nutrientes importantes. O arroz integral e purê de batata são outras opções que podem ser bem toleradas, pois são carboidratos complexos que ajudam a estabilizar o estômago.
Por outro lado, deve-se evitar alimentos gordurosos e frituras, que são frequentemente difíceis de digerir e podem causar desconforto. Além disso, itens temperados ou picantes em excesso podem irritar o estômago, intensificando a sensação de enjoo.
É aconselhável também evitar cafeína e bebidas gaseificadas, pois podem contribuir para a sensação de náusea e desconforto gastrointestinal.
A importância do acompanhamento médico
O acompanhamento médico durante a gravidez é fundamental para garantir uma gestação saudável tanto para a futura mãe quanto para o bebê. O obstetra durante o pré-natal pode monitorar a intensidade e a frequência das náuseas, avaliando se elas indicam uma condição mais séria, como a hiperêmese gravídica.
Com base nessa avaliação, o médico pode oferecer orientações personalizadas e estratégias eficazes para aliviar os sintomas, além de indicar medicamentos seguros quando necessário.
Além disso, a gestante pode receber informações sobre nutrição adequada, ajudando a escolher alimentos que minimizem as náuseas e enjoos garanta a ingestão de nutrientes essenciais.