Sentir dor em algum momento da vida é algo que poderá ser experimentado por parte da população. As dores crônicas, por exemplo, poderão ser sentidas por, aproximadamente, um terço das pessoas. Ao longo da vida, problemas como dor nas articulações, na coluna, por causa de inflamações e mesmo em decorrência de doenças como o câncer, nas condições degenerativas ou durante infecções podem provocar dores que persistem por muitos meses.
Vale ressaltar que a dor é um mecanismo de preservação e proteção do organismo. Por isso ela aparece quando há uma ameaça. Quando ocorre algum trauma em um tecido, há a liberação de substâncias que são percebidas por terminações nervosas do corpo e, assim, acontece a dor.
Neste blog, a Dra. Cristina Andrada Batista, anestesiologista da Maternidade Brasília, explica o que é a dor crônica, quais são os tipos e como a condição é diagnosticada e tratada. Entenda mais na leitura completa deste texto.
O que é dor crônica?
A dor crônica é caracterizada por uma dor que persiste por mais de três meses ou que dura mais tempo que o processo de cicatrização usual. Ela, em geral, acontece por causa de alterações no sistema nervoso ou nas fibras nervosas de algum membro atingido. Em grande parte dos casos, está associada a doenças crônicas, por exemplo, fibromialgia, artrite reumatoide, artrose ou mesmo câncer.
A dor é provocada quando há algum prejuízo aos tecidos, como uma queimadura, um corte, uma inflamação, e também pode ser influenciada pelas emoções, como a ansiedade e depressão, que aumentam não só a intensidade, como a duração da dor.
De acordo com a Dra. Cristina Andrada Batista, existem várias síndromes dolorosas crônicas, as mais frequentes são dores lombares crônicas; cefaleias crônicas; fibromialgia; dores musculares e articulares (joelhos, ombros, quadril, pés, mãos) e dor pélvica crônica, entre outras.
Existem alguns tipos de dor crônica e elas podem surgir em várias partes do corpo e ter causas diferenciadas. As ocorrências mais comuns são:
Dor neuropática – é o resultado de alterações do sistema nervoso e pode afetar o cérebro, a medula ou os nervos periféricos.
Dor somática ou nociceptiva – ocorre em decorrência de inflamações ou lesões nos tecidos da pele, por exemplo, pancadas, queimaduras, cortes e entorses.
Dor inespecífica – quando o motivo da dor é nociceptiva, neuropática e de causas desconhecidas. São as motivadas, por exemplo, por hérnia de disco, dor de cabeça e osteoartrose.
Quanto às regiões afetadas, podemos mencionar os seguintes exemplos de dores bastante comuns:
Dor de cabeça crônica – são dores de cabeça que duram 15 dias ou mais.
Dor lombar crônica – dor que afeta a região lombar por cerca de 12 semanas.
Dor pélvica crônica – dor da região pélvica que não é motivada pela menstruação, que dura, ao menos, seis meses e interfere no dia a dia das pacientes. Pode ser causada por infecções urinárias, endometriose e doença inflamatória pélvica, entre outras.
Leia também sobre cólica menstrual, a chamada dismenorreia.
Como é feito o diagnóstico da dor crônica?
O diagnóstico da dor crônica é elaborado, principalmente, por meio de anamnese (coleta da história da dor relatada pelo paciente) e exame físico realizado durante a consulta. Quando necessário, exames complementares são solicitados, como exames laboratoriais e de imagem (ultrassonografia, ressonância magnética e tomografia).
Qual é o tratamento para a dor crônica?
O tratamento é extremamente individualizado, amplo e inclui a prescrição de medicamentos, tratamentos complementares, como fisioterapia e acupuntura, e, em alguns casos, procedimentos com agulhas guiadas por exame de imagem para tratamento da dor (tratamento intervencionista da dor). Isso dependerá da avaliação de cada paciente.
Clínica da Dor da Maternidade Brasília
Conforme explica a Dra. Cristina Andrada Batista, a Clínica da Dor da Maternidade Brasília, chamada Acolhedor, tem como propostas o alívio dos sintomas dolorosos e a melhora da qualidade de vida dos pacientes, com foco na dor da mulher. Atendemos adolescentes, mulheres jovens, gestantes e idosas com diversas síndromes dolorosas (fibromialgia, dor pélvica crônica, dores de origem articular e muscular, como dor lombar, dos joelhos, ombros, quadris).
“O tratamento da dor crônica é multiprofissional, e é importante que o paciente saiba que o alívio da dor promovido por medicamentos e intervenções médicas deve ser complementado com outras terapias, como fisioterapia, atividades físicas, acupuntura e até acompanhamento psicológico e psiquiátrico", explica a médica.
Ela destaca ainda que o paciente pode se sentir tranquilo em “saber que não está sozinho no processo, que sua dor não é 'psicológica', que ela pode até não ter cura, mas tem um tratamento para aliviar o sofrimento e melhorar a qualidade de vida, devolver a alegria. O médico da dor é o profissional mais capaz de lidar com os diversos tipos de dor crônica".
Para o tratamento de dores crônicas, conte com nossos especialistas. Você pode agendar sua consulta por meio de nossa Central de Agendamento Online, ou pelo número (61) 4020-0057.