Durante a gestação, a futura mamãe precisa realizar uma série de exames para observar tanto a própria saúde quanto o desenvolvimento do bebê. Esse cuidado é fundamental para que tudo ocorra da melhor forma possível e que a gravidez seja ainda mais segura para ambos. Entre os exames que são feitos nessa fase está o de translucência nucal. Já ouviu falar sobre ele?
Conforme explica a Dra. Juliana Rezende, obstetra da Maternidade Brasília, “o exame de translucência nucal é um rastreamento morfológico de primeiro trimestre que serve para detectar alterações cromossômicas e até mesmo avaliar o risco de doenças nas gestantes.
Nesta edição do blog, a Dra. Juliana Rezende explica como é o exame e quando ele deve ser realizado. Saiba mais na leitura completa do texto.
O que é o exame de translucência nucal?
De acordo com The Fetal Medicine Foundation, “a translucência nucal (TN) é a aparência ultrassonográfica de uma quantidade de fluido sob a pele atrás do pescoço fetal no primeiro trimestre de gravidez. O termo translucidez é usado independentemente de ser septado (dividido por dois septos) ou não e se estiver confinado (preso) ao pescoço ou envolver todo o feto. Em fetos com anomalias cromossômicas, defeitos cardíacos e muitas síndromes genéticas, a espessura do NT fica aumentada".
Essa análise pode ser feita porque, na presença de más-formações ou doenças genéticas, o feto tende a acumular líquido nessa parte da nuca. Assim, quando a medida da translucência nucal está aumentada, pode indicar alguma mudança no desenvolvimento. Com base nisso, são realizados outros exames para dar continuidade à avaliação.
Além disso, quando é feita a ultrassonografia, também pode ser verificado o osso nasal. “A calcificação do osso nasal é um marcador que modifica o cálculo do risco para a síndrome de Down. Outros fatores são levados em consideração para tentarmos identificar um grupo de bebês que tenha maior chance de ter síndrome de Down. Nesse grupo de alto risco, a maioria dos bebês não tem síndrome de Down. Mas a maioria dos bebês com a síndrome de Down está nesse grupo de alto risco. Com essa informação, vamos lançar mão de fazer outros exames se o casal quiser", explica a Dra. Juliana Rezende.
A médica acrescenta ainda que “esse exame morfológico de primeiro trimestre não serve apenas para avaliar a presença de síndrome de Down e de outras alterações cromossômicas, não, ele é importante também para verificar a anatomia detalhada do bebê e excluir más-formações mais graves. Vale ressaltar que, por meio dessa avaliação, também é possível calcular o risco para condições que podem acontecer na gravidez, como pré-eclâmpsia e parto prematuro, por exemplo".
Tanto o exame de translucência nucal quanto o do osso nasal são efetuados durante a ultrassonografia obstétrica, ambos com o intuito de detectar as alterações citadas anteriormente.
Como é feito a translucência nucal?
O exame de translucência nucal é realizado durante a ultrassonografia pré-natal, no qual é medida a quantidade de líquido na nuca do feto em desenvolvimento. Nesse exame, a gestante deve estar bem acomodada em uma maca; depois, é aplicado um gel na parte inferior do abdome e, por meio de um transdutor, é feito o movimento de deslizamento e de rotação. Assim, através das ondas do ultrassom, é possível gerar as imagens do interior do útero para a análise que será feita pelo médico.
Qual a função da translucência nucal?
A função da translucência nucal é avaliar se o bebê apresenta risco de ter alguma má-formação ou alteração genética. Quando o resultado demonstra valores que indicam qualquer mudança, o médico vai pedir exames complementares a fim de confirmar o diagnóstico.
Quando é necessário fazer um exame de translucência nucal?
O exame de translucência nucal deve ser feito no primeiro trimestre da gestação.
Resultados do exame
Nos resultados do exame de translucência nucal, o valor adequado é avaliado com base no tamanho do feto, de acordo com cada caso.
É importante reforçar que o resultado alterado da ultrassonografia não indica exatamente que o bebê tenha algum problema, mas, sim, que ele tem maior risco de apresentar uma alteração. Esse é o motivo da solicitação dos exames complementares, pois só assim o médico poderá fazer um diagnóstico de maneira mais ampla.
Entre esses exames posteriores estão o exame de sangue do bebê, colhido por meio do cordão umbilical, e também a amniocentese, na qual é coletada amostra do líquido amniótico. Outros fatores também são considerados, como a idade da gestante, o histórico familiar de alterações cromossômicas e a existência de doenças genéticas.
Maternidade Brasília no cuidado pré-natal
A Medicina Materno-fetal tem um importante papel no cuidado da saúde da mamãe e do bebê. Por isso, durante toda a gestação, são marcadas visitas regulares ao médico e são realizados diversos exames.
Na Maternidade Brasília, você pode fazer todo o acompanhamento da gestação no mesmo lugar, com praticidade e atenção integral tanto à gestante quanto ao bebê. Conheça nossa estrutura e novidades.