Como surgiu o Outubro Rosa?
No início da década de 1990, uma senhora de 68 anos, chamada Charlotte Haley iniciou, dentro de sua sala de jantar, o movimento da fita de conscientização do câncer de mama.
Com o objetivo de chamar a atenção dos moradores de sua cidade em relação às possibilidades de prevenção desta doença, além de incitar maior conhecimento e responsabilidade para discutir e lidar com esse assunto, a americana distribuiu milhares de fitas de cor rosa-pêssego, anexadas a cartões-postais que diziam: “O orçamento anual do Instituto Nacional do Câncer é de US$ 1,8 bilhão, e apenas 5% vai para a prevenção do câncer de mama. Ajude-nos a despertar os legisladores e a América usando esta fita.”
A ideia rapidamente tomou grandes proporções e logo foi disseminada por importantes empresas dos Estados Unidos, o que acabou estabelecendo de vez o movimento da fita rosa ao redor do mundo. Ele simboliza a esperança na luta contra o câncer de mama e a solidariedade às mulheres que atualmente enfrentam essa doença.
Desde então, o mês de Outubro ficou marcado pela importante missão de compartilhar conteúdos relevantes e confiáveis em relação à manifestação e prevenção do câncer de mama.
Durante todo o Outubro Rosa, organizações sem fins lucrativos, agências governamentais e sociedades médicas trabalham juntas para promover a conscientização sobre esse assunto, e a Maternidade Brasília é uma dessas contribuintes.
Exames capazes de rastrear e detectar o câncer de mama
Mamografia
Esse é o principal meio de diagnóstico da doença, que representa 25% de todos os tipos de câncer no mundo. O exame é realizado por meio de um aparelho de raio-x chamado mamógrafo, equipado com uma bandeja na qual a mama é posicionada para receber a radiação. Esse processo possibilita visualizar com detalhes nódulos pequenos ou mesmo outros achados suspeitos na mama.
“Nós, profissionais da área, indicamos a todas as mulheres a realização anual do exame de mamografia, a partir dos 40 anos. Porém, aquelas que tem irmã, filha ou mãe diagnosticadas com câncer de mama devem ficar mais atentas: a Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda que essas mulheres comecem a fazer os exames de mama aos 30 anos ou 10 anos antes da idade em que a pessoa da família teve o diagnóstico”, alerta o Dr. Alexandre Bravin, mastologista da Maternidade Brasília.
Exame físico
Essa prática deve ser realizada por um profissional de saúde treinado e autorizado para avaliar as mamas, sendo dividida em inspeção estática, dinâmica e palpação. São observadas e anotadas quaisquer alterações na pele, pigmentações, cicatrizes, simetria, contornos, retrações, etc. Diante de qualquer suspeita, a paciente será encorajada a complementar a análise em questão com outro tipo de exame.
Ressonância magnética
Esse tipo de exame é mais indicado para: mulheres com histórico de câncer de mama na família e que, consequentemente, tem maiores chances de desenvolver essa condição; mulheres que já realizaram algum tipo de cirurgia nos seios; pacientes já diagnosticadas com a doença, pois nesses casos a ressonância consegue fornecer informações complementares sobre a área afetada e sobre a outra mama. O exame é feito com a paciente deitada e imóvel em uma superfície plana, que se movimenta até o interior de um “tubo”, onde são captadas imagens em alta definição dos órgãos do corpo humano utilizando um campo magnético.
Ultrassom da mama
O ultrassom é um exame de imagem no qual o aparelho utilizado, denominado transdutor, emite ondas sonoras de baixa ou alta frequência sobre a região a ser analisada, por meio do contato com o corpo humano. Trata-se de um exame complementar e que auxilia na detecção do câncer de mama.
Biópsia da mama
Enquanto todos os exames anteriormente citados garantem apenas a apresentação visual de alterações suspeitas no tecido mamário, a biópsia é a única alternativa capaz de realmente confirmar um diagnóstico de câncer de mama. Nesse procedimento cirúrgico, é colhida uma amostra de tecidos ou células da mama para análise e estudo detalhados em laboratório, verificando se há ou não a presença de câncer.
A importância do médico mastologista vai além do Outubro Rosa
Embora a maioria das mulheres pense nessa especialidade médica exclusivamente no momento da prevenção ao desenvolvimento de um câncer de mama, é importante ressaltar que o mastologista trata também de outras doenças relacionadas às glândulas mamárias.
“Alguns dos quadros mais comuns que atendemos na clínica são a mastite – infecção muito comum durante o período da gravidez ou da amamentação –, casos de dor mamária, presença de cistos e nódulos, assimetria mamária, secreção, entre outros. Até mesmo os homens podem demandar esse tipo de atendimento especializado, diante, por exemplo, de um quadro de ginecomastia, isto é, quando ocorre o crescimento anormal das mamas masculinas”, explica o Dr. Alexandre Bravin.
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