Estamos no Agosto Dourado, mês que celebra e incentiva a amamentação, uma das experiências mais ricas da maternidade e um dos momentos mais marcantes da vida de uma mulher, capaz de garantir os mais diversos benefícios para a saúde da mãe e do bebê e ainda fortalecer o relacionamento entre os dois.
Explicamos tudo sobre esse tema tão relevante na matéria de hoje! Confira abaixo.
Saiba mais sobre o Agosto Dourado
Para a amamentação, o Agosto Dourado é um mês especial. Mas, você sabe o que significa essa data?
A cor dourada simboliza o padrão ouro de qualidade do leite materno, enquanto a escolha do mês está relacionada à ocorrência da Semana da Amamentação, celebrada em 120 Países, entre os dias 1 e 7 de agosto. Essa iniciativa foi pensada pela Aliança Mundial de Ação pró-Amamentação (WABA) – organização internacional que acredita na amamentação como um direito de todas as mulheres e crianças, estimulando e apoiando o ato ao redor do globo.
A cada ano é definido um tema a ser trabalhado por meio de cartazes, folders e posts nas redes sociais de Organismos Internacionais, Secretarias de Saúde Estaduais e Municipais, Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, Hospitais Amigos da Criança, Sociedades de Classe e ONGs.
Esse ano o tema escolhido foi: “Apoiar a Amamentação para um planeta mais saudável”. O site Aleitamento.com, reconhecido na área como o primeiro portal direcionado ao assunto em português, explica: “A Semana Mundial de 2020 se concentrará no impacto da alimentação infantil no meio ambiente, nas mudanças climáticas e na necessidade urgente de proteger, promover e apoiar o aleitamento materno para a saúde do planeta e de seu povo”.
A Dra. Sandi Sato, gerente médica e pediatra da Maternidade Brasília, discorre sobre esse assunto: “Dos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU, oito estão relacionados com a amamentação.”
Dentre esses objetivos, a especialista cita como os três mais significativos:
1. a amamentação permite o combate ao desperdício de alimentos, pois durante o ato não há desperdício de leite;
2. a amamentação reduz a produção de lixo no meio ambiente, porque não são usadas embalagens;
3. a amamentação pode contribuir para a redução dos gases do efeito estufa, uma vez que a produção das fórmulas infantis é uma atividade que impacta diretamente na produção desses gases – e a escolha pelo ato de amamentar evita essa ocorrência.
Afinal, por que amamentar é tão importante?
Nem todo mundo sabe, mas o leite materno é rico em vitaminas, proteínas, carboidratos e lipídios necessários para que o bebê que está por vir possa crescer e se desenvolver com saúde e força.
Além disso, essa secreção nutritiva ainda contém substâncias antimicrobianas, anti-inflamatórias, enzimas e anticorpos que o ajudam a combater vírus e bactérias, estimulando seu sistema imunológico e auxiliando também na prevenção dos riscos de doenças como diabetes e obesidade.
No entanto, amamentar vai muito além da nutrição. O Ministério da Saúde reforça que a amamentação reduz em até 13% a mortalidade por causas evitáveis de crianças com até cinco anos de idade, além de trazer benefícios cognitivos para os pequenos.
Esse ato de amor propicia um vínculo especial e reforça os laços entre mãe e filho. Para a mulher, a amamentação influencia positivamente na sua saúde mental e traz outros inúmeros benefícios, como a aceleração na perda de peso pós-gravidez e a redução do risco de doenças como câncer de mama, câncer de ovário e osteoporose.
O leite materno libera o hormônio ocitocina, que ajuda o útero da mãe a retornar ao seu tamanho pré-gestacional e pode reduzir o sangramento uterino após o nascimento.
A respeito do uso de fórmulas infantis, a Dra. Sandi Sato faz um alerta: “Esses ‘leites artificiais’ podem prejudicar a saúde do bebê, a ponto de algumas pesquisas apontarem uma relação estreita entre o uso de fórmulas e o surgimento de doenças crônicas nos anos de vida posteriores”.
Para que este momento único ocorra de maneira satisfatória, dois fatores principais devem ser bem observados na hora da mamada, pois podem fazer toda a diferença no sucesso dessa prática: a posição do bebê e o modo como ele pega na mama.
No caso de dúvidas e se houver necessidade de qualquer auxílio profissional, a Maternidade Brasília compartilha cuidados e dicas essenciais através do nosso Teleatendimento do Banco de Leite. Basta ligar para o número (61) 2196-5318 e agendar o seu atendimento.
Fonte: Dra. Sandi Sato, gerente médica e pediatra da Maternidade Brasília.
Foto: @rafaelnunesfotografia.