Tratamentos ajudam a aliviar sintomas, preservar a saúde óssea e até mesmo viabilizar uma eventual gravidez
A menopausa precoce surpreende muitas mulheres no auge de suas vidas reprodutivas, trazendo consigo desafios como infertilidade, ondas de calor e riscos aumentados para condições como osteoporose e doenças cardiovasculares. Continue a leitura e saiba mais sobre quais são as opções de tratamento para gerenciar seus sintomas e melhorar a qualidade de vida.
O que é a menopausa?
A menopausa é o estágio da vida de uma mulher que marca o fim definitivo da menstruação e do período reprodutivo.
Trata-se de um processo natural que ocorre geralmente entre os 45 e 55 anos, quando a mulher experimenta a cessação da ovulação e, consequentemente, a interrupção da menstruação. Isso acontece porque a reserva de óvulos nos ovários se esgota, levando à redução significativa na produção de hormônios como o estrogênio e a progesterona.
O que é a menopausa precoce?
A menopausa precoce é uma condição que ocorre quando a menstruação de uma mulher cessa permanentemente antes dos 40 anos, resultando em uma série de implicações para a saúde física e emocional.
Em outras palavras, quando essa mudança ocorre antes dos 40 anos, é considerada prematura.
Para o diagnóstico, é necessário medir os níveis hormonais, com foco especial no hormônio folículo-estimulante (FSH), em dois meses consecutivos. Além disso, é comum confirmar a suspeita por meio de uma ultrassonografia, que permite avaliar o volume dos ovários.
Quais são os fatores de risco da menopausa precoce?
1. Histórico familiar: mulheres cujas mães ou irmãs tiveram menopausa precoce têm maior probabilidade de também apresentar esse quadro.
2. Tratamentos médicos: ter passado por tratamentos como quimioterapia ou radioterapia, que afetam os ovários, pode aumentar o risco de menopausa precoce.
3. Cirurgia nos ovários: a remoção cirúrgica dos ovários pode levar à menopausa precoce, uma vez que eles são a principal fonte de produção de hormônios sexuais femininos.
4. Doenças autoimunes: algumas condições autoimunes, como tireoidite de Hashimoto ou lúpus, podem estar relacionadas a menopausa precoce.
Sintomas da menopausa precoce?
A menopausa precoce é caracterizada principalmente por mudanças no ciclo menstrual. As mulheres que passam por essa condição geralmente observam que seus ciclos se tornam irregulares até cessar completamente.
Com a parada da ovulação, a produção de hormônios femininos, como o estrogênio, é reduzida. Essa queda hormonal provoca sintomas típicos da menopausa precoce, incluindo:
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Ondas de calor: sensação repentina de calor intenso.
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Sudorese noturna: suor excessivo durante a noite.
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Alterações de humor: incluindo irritabilidade e depressão.
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Distúrbios do sono: dificuldade em adormecer ou permanecer dormindo.
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Perda de densidade óssea: aumentando o risco de osteoporose.
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Ressecamento ou atrofia vaginal: que pode causar desconforto e dor durante a relação sexual.
Além disso, o ressecamento e a atrofia vaginal podem afetar a vida sexual e a intimidade, o que pode reduzir a qualidade de vida e desencadear ansiedade e depressão.
A menopausa precoce pode trazer algum risco?
Sim, a menopausa precoce pode trazer riscos à saúde. Devido à redução na produção de estrogênio, que é um hormônio que protege o coração e os ossos, há um aumento no risco de desenvolver doenças cardiovasculares e osteoporose, além de um envelhecimento precoce.
A condição também está associada à infertilidade devido à interrupção da liberação de óvulos, o que impede a fecundação com espermatozoides, comprometendo a capacidade reprodutiva.
Nesse sentido, o congelamento de óvulos pode ser uma opção importante para mulheres que tem fatores de risco conhecidos para menopausa precoce e desejam preservar sua fertilidade para o futuro. Este procedimento envolve a coleta de óvulos dos ovários, que são então congelados e armazenados para uso posterior.
Existe tratamento?
Existem tratamentos para a menopausa precoce que visam aliviar os sintomas, preservar a saúde óssea e, em alguns casos, possibilitar a gravidez. Confira:
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Contraceptivos orais combinados: incluem estrogênio e progestina, e podem ser utilizados para mulheres que não desejam engravidar. Estes contraceptivos podem ser administrados na forma de pílula oral, adesivo transdérmico, injeção intramuscular e anel vaginal.
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Terapia hormonal: também conhecida como terapia de reposição hormonal, que utiliza estradiol e progestágenos para aliviar os sintomas da menopausa, como ressecamento vaginal e alterações de humor, além de ajudar na prevenção da osteoporose.
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Fertilização In Vitro (FIV): para mulheres que desejam engravidar, a fertilização in vitro pode ser recomendada. Isso geralmente envolve o uso de óvulos de uma doadora fertilizados em laboratório e o embrião é inserido no interior do útero da mulher.
No entanto, vale destacar que a terapia hormonal não é recomendada para todas as mulheres na menopausa precoce. Uma avaliação médica detalhada de doenças associadas, uso de medicamentos, alterações em exames complementares, histórico familiar e hábitos de vida é necessária antes do início da terapia de reposição hormonal. Em alguns casos, terapias alternativas são indicadas.
Quais especialidades médicas podem auxiliar nessa fase?
Na menopausa precoce, os dois principais especialistas que podem auxiliar no tratamento e manejo dos sintomas são o ginecologista e o endocrinologista. O diagnóstico preciso é fundamental para a escolha do tratamento ideal.