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Dermatite atópica: quais as causas, o que é e qual o tratamento recomendado

Quadro pode ocorrer também em bebês. Saiba o que fazer nesses casos
EMB
Equipe Maternidade Brasília - Equipe Maternidade Brasília Atualizado em 18/05/2022

Sentir uma coceira na pele que parece não ter fim já é algo extremamente desconfortável em adultos. Agora, imagine em bebês, crianças ou adolescentes. A dermatite atópica é uma doença crônica que provoca esse tipo desconforto. Além disso, ela pode causar outros sintomas, como deixar a pele ressecada e avermelhada, e provocar pequenas feridas.

O surgimento desse quadro em bebês pode indicar que no futuro ocorram outras patologias tais como rinite alérgica ou asma, por exemplo. Por isso, nessa edição, convidamos a Dra. Sandi Sato, pediatra e gerente médica da Maternidade Brasília, para explicar mais sobre o que é a doença e como controlar os sintomas.

O que é a dermatite atópica? 

Dra. Sandi Sato explica que a dermatite atópica é uma doença crônica de causa multifatorial, tendo o fator genético como um dos aspectos mais importantes. A doença não é contagiosa, mas provoca inflamações na pele e causa sintomas como coceira, vermelhidão, ressecamento e ferimentos.

Ela costuma aparecer no pescoço, na dobra dos braços e atrás dos joelhos. E  pode ser desencadeada após o contato com pelos de animais, substâncias, ambientes, tecidos de roupas, alimentos, sabonetes, ou seja, agentes que podem desencadear alergias. Ou, ainda, também pode surgir após uma reação ao estresse, frio, calor, umidade.

Normalmente existem três fases da doença: a infantil, dos três meses aos dois anos de idade, a pré-puberal, dos dois aos 12 anos de idade e a fase adulta, depois dos 12 anos. Os sintomas podem desaparecer no decorrer da vida, mas a pele pode continuar sensível e seca, necessitando de cuidados com a hidratação continuamente.

Quais as causas da dermatite atópica?

A dermatite atópica não tem causa conhecida. Mas ela normalmente afeta pessoas de uma mesma família e pode estar associada a outras doenças como rinite alérgica e asma, por exemplo.

Quais os sintomas da dermatite atópica?

Entre os principais sintomas da dermatite atópica estão a coceira, um sintoma muito caraterístico, além de áreas secas na pele, descamação, vermelhidão e ferimentos.

Nos bebês, normalmente aparece no rosto, nos cotovelos ou nos joelhos.

Já nas crianças um pouco maiores e nos adultos, normalmente as lesões afetam mais as dobras do corpo, como atrás do joelho, cotovelo, pescoço e tornozelos.

 Quais os tipos de dermatite?

Existem diversos outros tipos de dermatites além da atópica, entre as quais podemos citar:

Dermatite seborreica

Esse tipo atinge principalmente o couro cabeludo e outras regiões oleosas entre os quais estão: os lados do nariz, as orelhas, as pálpebras, o peito e a barba.

Dermatite esfoliativa

Esse caso refere-se a uma inflamação na pele que provoca vermelhidão e descamação no peito, braços, pés ou pernas.

Dermatite em bebê 

Também conhecida como assadura, a dermatite de contato em bebê surge após ele ficar muito tempo em contato com substâncias que podem provocar alergia, entre as quais estão: saliva, urina e cremes. Isso faz com que o neném fique com a pele inflamada, vermelha, com coceira e escamando.

Para evitar que os sintomas sejam desencadeados, mantenha a pele do bebê limpa e seca, e evite o uso de cremes que não são próprios para a faixa etária dele.

Dermatite emocional 

Fatores emocionais podem desencadear ou piorar. A dermatite emocional pode ter outras manifestações como urticária e angioedema.

Eczema ou dermatite: qual a diferença?

Conforme explica a Dra. Sandi Sato o “eczema é um termo para descrever qualquer tipo de lesão de pele, ou seja, um termo mais genérico".

Dermatite atópica: tratamento indicado

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O tratamento da dermatite atópica tem o objetivo de manter a pele hidratada, melhorar a inflamação e controlar a coceira. Por isso, até em períodos fora das crises, é recomendado continuar com o uso de hidratantes, aumento da ingestão de água, controle do número e temperatura do banho.

“Conseguir identificar o fator desencadeante vai garantir o controle da doença", explica a médica.

Apenas um médico é capacitado para avaliar cada quadro e indicar o medicamento mais adequado. Além disso, é preciso seguir com atenção as orientações indicadas pelo especialista para controlar a doença e evitar ao máximo os períodos de crises.

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