Através da realização da consulta ginecológica de rotina e do exame de Papanicolau é possível rastrear e diagnosticar uma lesão que poderá evoluir para câncer ou até mesmo o diagnóstico precoce da doença. Por esse motivo é de extrema importância que a realização desses exames seja uma prioridade e que ocorra periodicamente, possibilitando, assim, a detecção da doença nos estágios iniciais. Neste caso, as probabilidades de cura são bastante elevadas.
O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima a ocorrência de aproximadamente 30.000 novos casos por ano de câncer ginecológico (colo uterino, corpo do útero e ovário) no Brasil. Nesses casos, o tratamento é feito por um ginecologista com experiência em câncer ginecológico, responsável por diagnosticar, tratar e realizar cirurgias em cânceres dos órgãos reprodutivos femininos.
Segundo o Dr. Evandro Oliveira, ginecologista e Diretor Médico da Maternidade Brasília, o câncer de endométrio – ou câncer do corpo uterino – apresenta uma incidência de cura muito alta, ultrapassando 90% nos casos de diagnósticos feitos numa fase inicial.
“Quanto ao Câncer de ovário, infelizmente, o diagnóstico é feito numa fase mais avançada da doença o que reduz a chance de cura para menos de 50%, principalmente quando a doença já ultrapassou os limites do ovário” – comenta o médico.
Dr. Evandro ainda ressaltou o fato de a prevenção do câncer de colo uterino passar obrigatoriamente pela vacina contra o HPV. “O ideal é vacinar todas as meninas entre 9 e 13 anos”.
Quando as pacientes são avaliadas e conduzidas por um ginecologista com experiência em câncer ginecológico, segundo artigo publicado no National Center for Biotechnology Information (NCBI), há uma melhora significativa no índice de cura.
Um outro estudo produzido por esse mesmo instituto sugere que “o manejo primário por ginecologistas resulta em um uso eficiente dos recursos de assistência à saúde e minimiza a potencial morbidade associada à radiação adjuvante”, isto é, se assistidas por um ginecologista com vivência e experiência em câncer ginecológico, mulheres portadoras de câncer ginecológico sempre apresentam um melhor prognóstico.
Condições tratadas por este profissional
-Câncer do ovário
-Câncer do colo uterino e lesões precursoras
-Câncer endometrial (uterino)
-Neoplasia trofoblástica gestacional (Mola Hidatiforme)
-Câncer de vagina ou vulva
Quais são os sinais para buscar uma avaliação?
Caso você tenha recebido – possivelmente do seu ginecologista – um diagnóstico comprovando a existência de células pré-cancerosas, pode ser interessante se consultar com um ginecologista com experiência em câncer ginecológico (repetitivo). Além disso, as mulheres que foram diagnosticadas com os cânceres acima citados devem considerar procurar esse profissional para receber assistência especializada, desde a fase de diagnósticos, até tratamentos e área cirúrgica.
Prevenção
É fato que a prevenção é a melhor forma de manutenção da saúde – nesse caso, isso significa que é muito importante visitar periodicamente seu ginecologista. Afinal, a identificação precoce de um câncer ou do estágio preciso dessa patologia pode se tornar uma questão vital para alguns pacientes.
Os Ginecologistas que atuam na área do câncer ginecológico são os médicos mais bem treinados para realizar o estadiamento cirúrgico (método pelo qual os médicos classificam o estágio do câncer na pelve durante o procedimento cirúrgico real). Prevenindo-se através da realização de exames como este, com um profissional especializado, a paciente pode dar início imediato às diversas formas de tratamento e, assim, ter maiores chances de regressão.
“É importante ressaltar que tanto no Câncer de colo de útero quanto no Câncer de endométrio, com o diagnóstico precoce, a probabilidade de cura é grande se acontece numa fase extremamente inicial, onde o tratamento consegue dar uma chance segura e ultrapassa até 90%”, ratifica o Dr. Evandro Oliveira, ginecologista e Diretor Médico da Maternidade Brasília.
Porém, segundo o mesmo, no caso de um diagnóstico quando a doença já se encontra avançada, a chance de cura é sempre reduzida, muitas vezes não ultrapassando nem 50%.
Também tem relação com a prevenção e manutenção de hábitos de higiene saudáveis, além, claro, de prezar sempre por uma alimentação equilibrada e pela redução dos estresses diários.
Acredite, esses são pequenos hábitos que fazem muita diferença.
Fonte: Dr. Evandro Oliveira, ginecologista e Diretor Médico da Maternidade Brasília.