Sabemos que o período de gestação requer uma série de cuidados para que o bebê evolua de forma saudável. E uma alimentação adequada tem um papel importante nesse momento, pois contribui para a prevenção de doenças tanto da mãe quanto do neném em formação, além disso, essa ação prepara o organismo para o parto e o pós-parto e colabora para o ganho de peso equilibrado durante a gravidez, evitando problemas de saúde.
A seguir, a equipe de nutricionistas da Maternidade Brasília responde às principais dúvidas sobre o assunto. Confira o que pode ser consumido e o que deve ser evitado durante os nove meses de gestação.
Qual a alimentação mais adequada durante a gravidez?
Para obter uma alimentação balanceada durante a gestação, é necessário consumir fontes variadas de carboidratos, proteínas, lipídeos e vitaminas:
Fontes de carboidratos
Cereais; tubérculos; massas; pães.
Fontes de proteínas (animais e vegetais)
Carne bovina e suína, frango, peixes e ovos (todos bem assados, cozidos ou grelhados); leites e seus derivados; leguminosas como feijão, grão-de-bico, ervilhas; vegetais verde-escuros; cogumelos.
Fontes de lipídeos
Azeite; castanha-de-caju; amendoim; castanha-do-brasil; pistache; nozes; coco.
Fontes de vitaminas e micronutrientes
Folhas; legumes e frutas.
Entretanto, a gestante, além escolher bem os alimentos a serem consumidos, deve evitar o jejum prolongado, ou seja, é indicado realizar as três principais refeições (desjejum, almoço e jantar) e de dois a três lanches intermediários (colação, lanche da tarde e ceia).
O que a mulher grávida não pode comer?
Enquanto alguns alimentos só proporcionam benefícios, outros podem provocar intoxicação ou ocasionar outras complicações na gestação. São eles:
Proteínas cruas ou malpassadas
Ovos e molhos à base de ovos crus, peixes crus e carnes malpassadas não devem ser consumidos por causa do risco de contaminação por salmonela (ovos) e bactéria listeria (carnes e peixes), o que favorece a ocorrência de aborto ou parto prematuro; o consumo de proteínas cruas ou malpassadas também está associado à presença de outras doenças.
Leites e seus derivados não pasteurizados
Também podem conter a bactéria listeria. A presença dessa bactéria está relacionada com casos de convulsões e meningites, além do comprometimento do sistema nervoso do bebê.
Peixes com alto teor de mercúrio
Peixe-relógio, tubarão, marlim, peixe-espada e atum-patudo não devem ser consumidos. Os outros peixes e frutos do mar, como tilápia, vieira, lula, camarão, pescada, bacalhau e robalo, apresentam segurança se consumidos de duas a três vezes por semana. A intoxicação por metais pesados pode afetar o sistema nervoso do bebê, bem como gerar comprometimento intelectual, motor e psicossocial brando.
Bebidas alcoólicas
Não devem ser consumidas, pois podem aumentar o risco de parto prematuro, más-formações cardíacas e problemas de crescimento no bebê.
Legumes e frutas mal lavados
Alimentos crus só devem ser consumidos em estabelecimentos confiáveis ou em casa; eles devem ser higienizados muito bem para evitar infecções e intoxicações.
Alimentos com cafeína
O consumo de cafeína deve ser controlado, sendo 200 mg/dia (duas xícaras de café em média) a quantidade segura a ser consumida. Importante lembrar que existem outras fontes de cafeína, como refrigerantes, chá preto e chá-mate.
Adoçantes
Mesmo sendo seguro para a saúde de forma geral, os adoçantes artificiais, como o aspartame e o ciclamato, não devem ser usados por gestantes.