Alguns pais e mães se preocupam ao ver seus bebês ou crianças pequenas receberem várias vacinas durante uma visita médica. Porém, é preciso entender a importância desse ato indispensável para garantir a proteção de várias doenças perigosas – e, até mesmo, letais.
Muitas vezes esquecidas pela sociedade atual, a caxumba, a rubéola e a poliomielite já estiveram em destaque e constituíram grandes ameaças, quando ainda não existiam formas de imunização contra essas enfermidades. Outro exemplo marcante é o sarampo – antes da introdução da vacina contra a doença, descoberta em 1963, epidemias de sarampo eram ocorrências constantes e, infelizmente, chegavam a causar aproximadamente 2,6 milhões de mortes ao ano. Vacinas também previnem outras doenças significativas, como febre amarela, difteria, tétano, tosse convulsa e gripe.
Como funciona uma vacina?
Quando uma criança é vacinada, seu sistema imunológico é estimulado a desenvolver anticorpos de combate à infecção, para protegê-la de contrair a doença. Assim, se posteriormente essa mesma criança for exposta ao agente agressor em questão, o corpo consegue reconhecê-lo e, a partir deste reconhecimento, produzir os anticorpos necessários para combatê-lo.
“Para uma criança, o maior prejuízo de não ser vacinada, ou de uma vacinação tardia, é a exposição contínua à doenças, principalmente em suas formas mais severas. Afinal, as vacinas são a forma mais eficaz de desenvolver nosso sistema imunológico para suportar doenças graves”, ressalta a Dra. Sandi Sato, pediatra da Maternidade Brasília.
Além disso, se os seus filhos estão devidamente imunizados eles ajudam a impedir a disseminação de doenças para aqueles que não podem ser vacinados, incluindo recém-nascidos que ainda não podem ser vacinados e pessoas com sistema imunológico comprometido, que não conseguem desenvolver anticorpos para combater germes, bactérias e vírus de maneira eficaz. Dessa forma, ao longo dos anos, algumas doenças sumiram completamente da vida cotidiana, enquanto outras ainda estão sendo erradicadas gradativamente.
É importante acompanhar as imunizações
Muitas vacinas são administradas mais de uma vez, em diferentes idades e em combinações. Isso significa que você precisará manter o cartão de vacinas do seu filho sempre à mão! Uma dica é guarda-lo junto com a certidão de nascimento e outros documentos essenciais do pequeno.
Ao decorrer da infância, após as primeiras imunizações, muitos pais acabam esquecendo ou deixando de lado as próximas doses. Se por algum motivo você atrasar ou perder a data de uma vacinação, é importante sempre compensar as imunizações perdidas. Afinal, as vacinas são alguns dos medicamentos mais seguros e eficazes que temos hoje.
“Os pais devem atualizar o Cartão de Vacinação de seus filhos conforme as recomendações de um pediatra de confiança e podem se manter por dentro desse assunto buscando informações em fontes seguras, como as recomendações do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)”, pontua a médica especialista.
As vacinas recomendadas pelo Ministério da Saúde para as crianças são:
-BCG
-Hepatite B
-Hepatite A
-Penta/DTP
-VIP/VOP
-Pneumocócica 10-valente
-Rotavírus
-Meningocócica C
-Febre Amarela
-Tríplice Viral
-Tetra Viral
-Influenza
-HPV
A maior parte das vacinas que vão proteger a criança contra doenças graves devem ser providenciadas ao longo dos dois primeiros anos de vida, com reforços até os cinco anos. Em caso de dúvidas, entre em contato com um dos pediatras da nossa equipe! E mantenha-se atento às mudanças no Calendário Nacional de Vacinação. O Ministério da Saúde o revisa periodicamente, incluindo vacinas ou alterando doses.
Aproveite o lembrete e confira se o cartão de vacinas do seu filho está em dia; continue fazendo a sua parte para que ele fique mais protegido e saudável.