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Candidíase vaginal: conheça os sintomas e tratamentos

Quadro relativamente comum nas mulheres em idade reprodutiva, a doença pode ser prevenida com hábitos diários simples
EMB
Equipe Maternidade Brasília - Equipe Maternidade Brasília Atualizado em 28/09/2021

A candidíase vaginal é uma das infecções mais comuns que acometem mulheres em idade reprodutiva. A doença provoca sintomas desconfortáveis, como coceira ou ardência. Existem vários tipos de candidíase, sendo a vaginal a mais frequente.

O Dr. Alexandre Brandão, cirurgião ginecológico, especialista em laparoscopia ginecológica e endometriose da Maternidade Brasília, fala mais sobre o tema.

O que é candidíase e quais os tipos?

A candidíase é uma infecção gerada por fungos. Entre os mais frequentes está o Cândida albicans, tipo que possui dezenas de espécies. Algumas delas podem ocasionar quadros de micose e afetar as áreas vaginal, inguinal e perianal e o períneo. “O fungo pode ser encontrado em pequenas quantidades no organismo da mulher, mas vive de forma equilibrada na flora vaginal", esclarece o médico.   

O quadro, segundo ele, pode se manifestar de diversas formas, causando infecções superficiais na mucosa e na pele, caso da candidíase vaginal. Já outros tipos, como a candidíase oral, provoca o conhecido popularmente como “sapinho". Também há a candidíase peniana, que causa micose nas dobras da pele, e a candidíase do esôfago, que pode afetar gravemente os órgãos internos, por exemplo. A candidíase cutânea atinge normalmente as unhas, a pele e a orofaringe.

Normalmente, a candidíase não produz quadros graves em pessoas que estejam com o sistema imunológico fortalecido. Em casos assim, ela se apresenta de forma mais superficial. Por sua vez, quando acomete pessoas com doenças graves ou idosos com o sistema imune fragilizado, ela pode dar origem a infecções mais sérias. 

De modo geral, o quadro está associado aos seguintes fatores: baixa da imunidade; uso de antibióticos, anticoncepcionais, imunossupressores e corticoides; diabetes; gravidez; alergias e HPV (papilomavírus humano). “Embora não seja considerada uma infecção sexualmente transmissível (IST), ela pode ser transmitida por meio de relação sexual em que não há o uso de preservativo", completa o especialista.   

Segundo o médico, normalmente o fungo (Cândida albicans) está em equilíbrio, na vagina, com as bactérias e o sistema imunológico. Mas qualquer fator que altere essa harmonia pode favorecer o surgimento da candidíase.  

Sintomas de candidíase vaginal

Os sinais de candidíase vaginal nas mulheres são:

  • ardência na região ao urinar;

  • coceira no canal vaginal e na vagina;

  • corrimento branco, de aparência semelhante à nata do leite;

  • dor ao ter relações sexuais. 

Quanto tempo dura a candidíase?

Geralmente, o tempo de tratamento da candidíase feminina pode durar sete dias. Isso vai depender do medicamento indicado pelo médico. As gestantes podem fazer o tratamento normalmente. 

O que pode causar a candidíase vaginal?

Os fatores de risco que podem provocar a candidíase vaginal são: 

  • relação sexual sem uso de preservativo;

  • roupa íntima apertada ou de material sintético;

  • o uso de roupa molhada por muito tempo;

  • diabetes;

  • obesidade;

  • gravidez;

  • enfraquecimento imunológico provocado por doenças como câncer e Aids;

  • tratamento com medicamentos antibióticos. 

O Dr. Alexandre explica que o uso de antibióticos, por exemplo, pode matar algumas bactérias da vagina, causando um desequilíbrio e favorecendo o surgimento da candidíase. Além disso, pessoas com prisão de ventre também podem ter mais propensão ao desenvolvimento da candidíase, porque as fezes ficam muito tempo presas no reto e alteram as bactérias da região perineal e também da região vaginal. De acordo com o médico: “Alguns alimentos também ajudam na proliferação das bactérias intestinais, como doces e lactose", por exemplo.

O tratamento para a candidíase precisa ser conduzido por um ginecologista. Geralmente, a conduta inclui o uso de cremes vaginais e o uso de antibióticos específicos. Porém, quando a mulher está grávida, a terapêutica mais indicada é apenas o uso de cremes vaginais, especialmente no primeiro trimestre de gestação. Mas é importante lembrar que cada caso é um caso e só o ginecologista pode ajudar a decidir qual o melhor tratamento para cada paciente.

A prevenção da candidíase vaginal pode ser obtida com alguns hábitos diários, entre eles: manter a higiene da região com o uso de sabonetes com pH neutro; optar pelo uso de calcinhas de algodão; evitar usar absorventes íntimos diariamente; tentar, ao máximo, não usar roupas apertadas ou ficar com roupas molhadas por muito tempo, além de cuidar da dieta: “Ter uma alimentação pobre em doces, lactose e carboidrato", reforça o médico.

O tratamento para a candidíase vaginal deve ser feito sob a orientação de um ginecologista. Na Maternidade Brasília, contamos com equipe multidisciplinar e equipamentos modernos e de última geração para cuidar da saúde da mulher de forma integral. Além do check-up ginecológico, que permite o diagnóstico precoce e o tratamento de complicações na saúde da mulher, oferecemos assistência em uroginecologia.

Escrito por
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